Olhar do comandante

Por Gustavo Pereira

Mais de um mês depois, Rogério Zimmermann voltou a conceder uma entrevista coletiva no Bento Freitas. Na tarde desta sexta-feira (6), o comandante rubro-negro falou com a imprensa pela primeira vez em 2017. Entre os temas, a preparação do elenco para as competições do ano, a busca por contratações certeiras, o modelo de jogo do time e o projeto das categorias de base. Confira os principais trechos:

Busca por reforços: “É um processo natural. A velocidade de contratar é a mesma do ano passado. Em 2016 contratamos cinco reforços para o Gauchão, nesse ano também. A diferença é que agora precisamos trazer mais. Mas quando você contrata um atleta, tem que ter critérios. O Brasil só chegou ao nível atual porque sempre foi muito criterioso nas contratações. Em caso de erro, você se arrepende. A margem de erro aqui é bem pequena”.

Perfil das contratações confirmadas: “Temos modificado a maneira de trabalhar, inclusive dentro de campo. O Brasil de 2016 foi diferente do de 2015, especialmente do meio para a frente. Você tem que trazer jogadores que conheçam a competição, que no caso agora é o Gauchão. O Lenílson, o Jean Silva, o Aloísio e Tiago Silva já jogaram o campeonato. O Éder Sciola não disputou, mas tem as características necessárias, e também leva muita experiência de Série B. Isso pesa na hora da negociação”.

Amistosos: “Gostaríamos de ter o maior número possível de amistosos. Até agora são quatro, o que é alto para os dias que temos de preparação. Prefiro que a estreia oficial seja a quinta, sexta, sétima partida, se possível. Ainda podemos considerar os últimos jogos da Série B como preparação para 2017. Aqueles jogos não se perdem na memória”.

Modelo de jogo: “O mais importante é a ideia de futebol. Podemos jogar às vezes mais do meio para trás, outras vezes no campo do adversário quase durante os 90 minutos, pressionando. Não consigo ver uma equipe jogando de uma maneira só. É necessário saber se comportar de acordo com o rival. A concepção de futebol é ser competitivo, entender a cultura do clube. O esquema tático é secundário. Saiu mais gente do que o normal, mas ficaram os líderes: Martini, Cirilo, Leandro Leite, Marlon, Wender”.

Evolução: “Crescer é tornar o clube bem organizado, não só no futebol, não só na minha área. Evolução não se relaciona só a resultado de campo. É formar uma categoria de base, manter os resultados regulares, reformar o estádio, manter os salários em dia, oferecer boas condições de trabalho… Quem não pensar nisso tudo, se quebra. Acredito que resultados parecidos com o ano anterior ajudam o Brasil a seguir nessa linha”.

Categorias de base: “Eu e o João Beschorner (preparador físico), além do Armando Desessards, que encabeça esse projeto, temos o privilégio de ter trabalhado muito tempo nas categorias de base da dupla Gre-Nal. O Brasil hoje conta com profissionais de muita experiência na formação de atletas de alto nível. Isso facilita, porque quem comanda a base vai ter o respaldo necessário dos profissionais do time principal. É fundamental ter uma excelente estrutura… campo, alojamento, refeitório, material esportivo, bola. Evidente que o clube ainda está muito longe do ideal, mas é só o início para daqui a alguns anos atingir outro patamar”.

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