Difícil de aceitar

Por Gustavo Pereira

Não será fácil para o Brasil aceitar a derrota sofrida na noite desta quarta (6), na Arena Pernambuco, por 1 a 0, para o Náutico, pela 23ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Após a pausa de 15 dias da competição, a equipe rubro-negra criou muitas chances de marcar e não conseguiu por detalhes. Além disso, foi prejudicada com um gol incrivelmente mal anulado pela arbitragem e viu um jogador adversário não ser expulso depois de matar contragolpe provavelmente fatal. No finalzinho, Vinícius anotou o tento do Timbu em São Lourenço da Mata.

O resultado deixa o time dirigido por Clemer com 30 pontos, por enquanto no 12º lugar da Série B. A rodada será encerrada com partidas na sexta e no sábado. O próximo compromisso vermelho e preto está marcado para às 16h30 somente do outro sábado, dia 16 de setembro, diante do CRB, no estádio Bento Freitas. É uma grande oportunidade para a Maior e Mais Fiel lotar a Baixada e empurrar o Brasil ao caminho das vitórias.

Próximo jogo do Brasil é no sábado da outra semana, dia 16, contra CRB. Foto: Jonathan Silva
Próximo jogo do Brasil é no sábado da outra semana, dia 16, contra CRB. Foto: Jonathan Silva

Com a bola rolando nesta noite na região metropolitana de Recife, um primeiro tempo movimentado. O rubro-negro teve modificações em relação à vitória contra o Goiás: Leandro Camilo e Rafinha, suspensos, deram lugar a Itaqui – que voltou de suspensão – e Evaldo. A primeira chegada foi do Náutico, em chute de Bruno Mota, que Marcelo Pitol caiu bem para espalmar, aos três minutos.

Aos 17 de jogo, a equipe Xavante conseguiu ameaçar bastante a defesa adversário. Em cobrança de escanteio, Evaldo subiu alto e cabeceou firme, à direita do goleiro Jeferson. Na sequência, aos 20, Juninho puxou contragolpe extremamente veloz pela direita e cruzou rasteiro para Marcinho. A bola passou a centímetros dos pés do camisa 11 rubro-negro, que não conseguiu o desvio fatal.

O placar estava empatado e a bola parada era uma alternativa interessante na busca da abertura do marcador. Aos 27 minutos, Aislan soltou uma bomba em batida de falta e exigiu defesa complicada de Marcelo Pitol. Já aos 32, a arbitragem cometeu um erro grave. Itaqui recebeu na intermediária e arrematou forte. O goleiro espalmou e Lincom, em situação claramente legal, com direito a dois defensores dando condição, empurrou para as redes. O auxiliar, no entanto, levantou a bandeira e cancelou o lance. Antes da ida aos vestiários, Marcinho ainda finalizou colocado por cima do travessão.

Se a etapa inicial foi corrida, os 45 minutos finais foram ainda mais intensos. O Brasil esteve melhor do que no primeiro tempo. Logo aos quatro, Breno recebeu lindo passe de Marcinho e bateu cruzado, mas Gilmar deu carrinho e salvou um provável gol vermelho e preto. Aos 10, Cassiano substituiu Juninho e, quatro minutos mais tarde, colocou na frente de Aislan e ia saindo absolutamente sozinho na cara de Jeferson. O zagueiro do Náutico fez falta por trás e foi advertido somente com cartão amarelo. Mais um erro grave.

Na cobrança da falta, Itaqui deslocou o arqueiro rival e quase abriu o placar. O tempo passava e o Xavante continuava apertando os donos da casa. Itaqui, aos 23, bateu falta e exigiu boa defesa de Jeferson no cantinho. Já aos 29, Cassiano cabeceou após levantamento e a redonda passou perto da trave esquerda. No minuto posterior, outra vez Cassianou: ele concluiu firme de longe e o camisa 1 do Timbu espalmou.

Os mandantes, precisando dos três pontos, partiram para o ataque. Aos 37, William Schuster testou no contrapé de Pitol e a bola raspou a trave. Aos 41, em contra-ataque, o futebol pregou uma peça extremamente injusta. Vinícius pegou rebote e, sem goleiro, fez o gol do Náutico: 1 a 0. Nada disso foi desculpa para o Brasil parar de tentar colocar a bola na rede. Tanto que, nos acréscimos, aos 46, dentro da pequena área, Misael mergulhou, cabeceou para baixo e Jeferson fez um clássico milagre para manter o Timbu na frente.

Não era o dia Xavante, minutos antes do aniversário de 106 anos do clube. A atuação foi excelente, a bola não entrou por detalhe diversas vezes e a arbitragem não teve uma noite feliz. É hora de levantar a cabeça. No sábado (16), a Baixada precisa estar lotada para que o CRB seja superado dentro das quatro linhas. Avante!

Ficha técnica:

Náutico: Jeferson; Joazi, Aislan, Feliphe Gabriel e Ávila; Amaral, Bruno Mota (William Schuster), Giovanni (Iago) e Diego Miranda; Gilmar (Vinícius) e William. Técnico: Roberto Fernandes.

Brasil: Marcelo Pitol; Éder Sciola, Evaldo, Teco e Breno; Leandro Leite, João Afonso, Juninho (Cassiano), Itaqui e Marcinho (Misael); Lincom (Calyson). Técnico: Clemer.

Gol: Vinícius, aos 41min1T (N).

Cartões amarelos: Joazi, Aislan, Amaral, Bruno Mota e Iago (N); Lincom, Evaldo e Teco (B).

Náutico 1 x 0 Brasil – 23ª Rodada – Fotos Jonathan Silva

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